30/09/2024

Os 40 mil metros quadrados de área verde que integram o Parque da Alameda de Cartes permitem, agora, uma circulação mais cómoda e segura à população, facilitando a ligação direta a diferentes pontos de interesse da zona. Exemplo disso são os bairros municipais do Falcão, do Cerco e do Lagarteiro, bem como a Escola do Falcão, a Horta da Oliveira, o Campo Municipal de Campanhã, a Piscina Municipal de Cartes e o Parque Oriental da Cidade. A nova mancha verde da cidade, inaugurada este sábado, conta com 1,5 quilómetros de caminhos pedonais e mais de mil árvores e arbustos autóctones, que inspiram o espírito de comunidade.

 

Na presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do vice-presidente da autarquia, Filipe Araújo, abriu-se, este sábado, um novo capítulo na vida da população de Campanhã. A comunidade pode, agora, usufruir de um parque verde multifuncional e inclusivo, que oferece uma rede de circulação pedonal e uma nova forma de mobilidade suave, ao mesmo tempo que olha para a preservação da natureza.

 

"Este é um parque que não só eleva a qualidade do espaço público, mas também responde às necessidades específicas da comunidade que aqui vive. É um ponto de encontro, uma área de lazer, que queremos de descanso", destacou Filipe Araújo, também vereador do Ambiente e Transição Climática e da Inovação e Transição Digital.

 

Um Porto mais conectado

O "pulmão verde", como descreveu o vice-presidente, representa uma "ligação fundamental para as várias comunidades e equipamentos envolventes, conectando os agrupamentos habitacionais às infraestruturas essenciais".

 

Além disso, os quatro hectares que ali floresceram estão "intimamente ligados ao Parque Oriental da Cidade, permitindo à comunidade usufruir de uma ligação franca a mais 18 hectares de área verde, ao longo do Rio Tinto, reforçando também assim a estratégia de criar um Porto mais conectado".

 

No entanto, não é só por estas razões que este parque é especial. "Liga vidas. Resolve desafios diários da nossa comunidade, como testemunhámos quando, em fevereiro, um residente com mobilidade reduzida nos relatou como este parque mudou a sua vida ao permitir-lhe sair de casa e passear pela área com facilidade e segurança", recordou o vereador.

 

A nova mancha verde da cidade também dá resposta a alguns desafios ambientais urgentes. "Toda a água da chuva, que aqui cai, é infiltrada no solo, contribuindo para a recarga dos aquíferos, o que é vital para a sobrevivência das mais de mil árvores que aqui foram plantadas", notou Filipe Araújo, que, durante a visita, também se fez acompanhar pelo presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, pelo presidente da Junta de Campanhã, Paulo Ribeiro, e por outros vereadores.

 

 

Espírito de comunidade que inspira

Uma vez que o Município escolheu a comunidade de Campanhã para fazer parte do URBiNAT, o projeto europeu de construção de corredores saudáveis com o envolvimento das pessoas que fazem os espaços, é com orgulho que a população observa, agora, um local que também ajudou a idealizar.

 

"Eles próprios [população] também foram definindo como queriam o parque: que caminhos e que ligações. Foram-nos ensinando a desenhar o parque", tendo um papel fundamental na identificação das necessidades, detalhou o vice-presidente, elevando a importância dos principais interessados integrarem um processo que foi, conjuntamente, pensado pelos arquitetos Gonçalo Canto Moniz e Luís Miguel Correia.

 

Com a obra finalizada, é com um sorriso no rosto que a população desfruta de uma espaço há muito desejado. Mas não cruzam os braços - até porque há sempre mais a fazer. Quem caminha no Parque da Alameda de Cartes encontra o Campmarket: uma pequena feira de artesanato, produtos biológicos e velharias, onde a população da área envolvente se une para dinamizar o local. O mercado celebra, assim, a sua primeira edição neste novo espaço da Invicta.

 

Para o futuro, garante o vice-presidente portuense, o compromisso verde continua a ser uma prioridade. "Há uma política de continuidade que responde a múltiplos desafios que a cidade tem em mãos", como aumentar os espaços verdes e combater as alterações climáticas, afirmou.

 

A empreitada, que teve um investimento de 2,7 milhões de euros (dos quais 1,7 milhões foram financiados por fundos europeus), esteve a cargo da empresa municipal GO Porto e resulta de um processo amplamente participado e inclusivo.

 

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